Com 80% do Oceano ainda inexplorado, a participação dos cidadãos na coleta de dados emerge como uma poderosa ferramenta para a conservação marinha
A máxima “conhecer para preservar” ganha, literalmente, outra dimensão quando estamos falando do Oceano. Cobrindo aproximadamente 71% da superfície da Terra, cerca de 80% desse imenso corpo de água permanece inexplorado e desconhecido. Mesmo nas zonas costeiras, onde os esforços de coleta de dados se concentram, ainda há muito a ser desvendado. No Brasil, a zona costeira se estende por mais de 7.400 quilômetros e é um caldeirão de vida marinha e atividades econômicas que enfrenta ameaças constantes de urbanização, poluição, sobrepesca e mudanças climáticas. Para proteger essa área vital para a saúde e economia do país, precisamos de dados precisos e contínuos, o que demanda um grande investimento de tempo, recursos humanos e financeiros, que não estão igualmente distribuídos pelo país. Mas como podemos obter essas informações de maneira eficaz?