Ainda cheia de mistérios a serem desvendados, região é ameaçada por atividades humanas como despejo de lixo plástico, exploração de petróleo e minérios
Até o final do século 20, o uso do mar profundo seguia uma abordagem de “o que os olhos não veem, o coração não sente”, aproveitando a natureza remota da região para permitir o despejo – aparentemente inconsequente – de resíduos tóxicos. Apesar de esses resíduos parecerem “sumir”, muitos deles ficaram por décadas (ou mais!) associados ao sedimento, como antibióticos, munições e materiais radioativos produzidos por testes nucleares. Talvez o lixo mais relevante do ponto de vista histórico seja o clínquer, um subproduto tóxico da queima do carvão usado como combustível em embarcações a vapor, comuns a partir do final do século 18. Até hoje as áreas de despejo de clínquer sofrem impactos ecológicos pela alteração da estrutura da comunidade.